Publicado em : 26/09/2014
O número de doadores de órgãos no Brasil cresceu 90% nos últimos seis anos. Em 2008, havia 1 350 doadores, e, em 2013, 2 562. Nesse período, o indicador nacional de doadores por milhão de habitantes passou de 5,8 para 13,4. Ao mesmo tempo, o número de pessoas na fila de espera de transplantes caiu de 64 774 para 37 736. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira pelo Ministério da Saúde.
Nos primeiros seis meses deste ano, o Brasil realizou 11 400 transplantes. As cirurgias mais realizadas foram as de córnea (6 600), de órgão sólidos como coração e fígado (3 700) e de medula óssea (965). Como comparação, em 2013, 23 457 transplantes foram feitos. O Brasil é o país latino-americano com maior percentual de aceitação familiar para doação de órgãos. Das famílias brasileiras que têm um parente que morreu por morte encefálica, 56% autorizam a retirada dos órgãos. Na Argentina, essa porcentagem cai para 52,8%.
SUS deve passar a oferecer transplante multivisceral
De acordo com o coordenador geral do Sistema Nacional de Transplantes, Heder Murari, o governo deve atingir a meta de 14 doadores por milhão de habitantes até o fim do ano. Mesmo com os dados apresentados, o Ministério da Saúde lançou uma campanha que pretende aumentar a adesão das famílias à doação de órgãos. O objetivo é mostrar a importância da autorização para retirada de órgãos, após a confirmação do óbito.
Além disso, o governo desenvolveu um aplicativo que será integrado com o Facebook. Ele notificará a família do necessitado do órgão quando um usuário da rede social se declarar doador.
Doadores — Qualquer pessoa pode ser doadora, desde que o procedimento não prejudique sua saúde. Doadores vivos podem doar um dos rins, parte do fígado, da medula óssea ou do pulmão. Para os falecidos, é preciso que o médico constate morte encefálica.
Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/saude/numero-de-doadores-de-orgaos-no-brasil-cresceu-90-em-seis-anos